6 de fev. de 2008

COMPLICADO DE FOTOGRAFAR EM SAMPA

entre outras coisas que eu tinha "programado" pra o Carnaval, seria ir em algumas exposições. Mas, como o meu humor não estava lá ajudando muito e fiquei sem net pra ver horários, dias e etc; fui arriscando.

Em uma dessas tentativas, tentando ir pro Sesi, aproveitamos o descuido de passar em frente e não parar e fizemos algo que o namorado queria há tempos: colocar em dia a vacinação de raiva dele. Como veterinário, isso é muito importante. Sendo ele meu namorado, vacinar-se contra a raiva, é uma precaução mais que pertinente.

Descemos no Instituto Pasteur e fomos bem atendidos pra uma Terça de Carnaval. Porém, enquanto eu o esperava tirar sangue, reparei nas portas e janelas que eram lindas. Como eu sou escolada, perguntei pra o segurança se eu podia fotografar. Ele pediu que eu falasse com "a mulher" que era a enfermeira. Ela por sua vez, disse que não via problemas fotografar, "afinal era patrimônio público e era muito bonito". Mas assim mesmo, ela achou melhor falar com não sei quem que além de não me autorizar, disse que se eu tivesse tanta vontade assim de fotografar, que eu fosse outro dia e pedisse órdi pra o diretor-geral.

A enfermeira ainda me disse: "vc quis bancar a honesta e olha só no que deu. Da próxima vez, vc vem, fotografa e não pergunta pra ninguém".

Daí saímos de lá. Namorado estampando linda coloração amarelo-verde pré-ânsia por ter tirado sangue e coisa e tal, mas feliz pq lá, diferente de outros lugares, fazem exames antes tacar vacina.

Fomos então até o Sesi pra ver a expô do Lasar Segall. Lindaaaaaaaaa.

150 obras de todas as fases. Explicações ao lado dos quadros. Belamente colocadas as obras em uma verdadeira linha do tempo. Foi emocionante. Cada dia mais, eu sinto vontade de ter vivido a Semana Modernista. E até entendo pq não deixaram fotografar a exposição.

Porém......




Estava saindo e resolvi fotografar a entrada e ouço um "epa, epa, epa" era o Juvenal Antena. "Senhora, não pode fotografar a entrada, senão complica pra gente", disse um dos seguranças

Pera aí: foto da entrada.... da porta..... do pôster, que milhões de pessoas na Paulista olham todos os dias.
Resolvi dizer um "ops, desculpa, não sabia" E aquele velho "o senhor quer que eu apague da máquina?", nem me passou pela cabeça dizer. Deixa pra lá. Daqui pra frente, só se me exigirem

Serviço da linda exposição:
Segall Realista
Quando: seg., das 11h às 20h; de ter. a sáb., das 10h às 20h; dom., das 10h às 19h; até 16/3
Onde: Galeria de Arte do Sesi (av. Paulista, 1.313, tel. 3146-7405)
Quanto: entrada franca

CONSIDERANDO

que a Quinta continuou naquela toada, cheguei aqui e fiquei sem net das 15:00 às 09:00... da Segunda feira seguinte.

Isso mesmo, meus caros: de quinta à segunda.

Considerando que na Quinta fiquei até meia noite tentando resolver o problema e sendo ofendida de todas as maneiras possíveis, vi que não tinha jeito a não ser reclamar com as pessoas certas nos lugares certos.

Esse capítulo, deixo pra contar depois. Resolvi então usar o meu tempo da melhor maneira que fosse possível. E eu o fiz. Não entro em detalhes, mas sei que fiz uma coisa que imaginei ser impossível de concluir. Tive a ajuda de uma amiga querida, que ainda por cima, teve a delicadeza de me trazer uma mousse de chocolate branco e preto.

E quase estou assumindo nova empreitada.

QUINTA FEIRA, PADRÕES ENERGÉTICOS

por motivos que não sinto vontade de explicar mais detalhadamente, Quinta-Feira, sempre é um dia difícil de viver.

Mas eu vivo assim mesmo.

Na quinta passada, no meu curso, logo de manhã tive um pequeno dissabor: em uma das aulas, a minha colega "suíça", fez um comentário bem ostensivo à minha pessoa, dizendo "que não entende como é que pessoas que sabem tanto, estão no mesmo lugar que ela que não sabe nada e que vai sugerir à escola, que faça salas especiais pra pessoas que sabem muito".

Levei na brincadeira, afinal, uma crítica feita por alguém alfabetizado é que me faria ficar chateada. Pra ela, nos padrões que ela tem, o errado é eu "saber demais" e não ela, saber de menos.

Ainda brinquei com o colega do lado "ih, tão querendo me botar pra fora" e ele, brincando disse bem alto: "ih, fulana, vc quer que eu saia da sala então?" Não precisa dizer que tudo virou motivo de piada e ela deve ter ficado bem mais puta da vida comigo....

Enfim, considerando que eu nunca banquei a sábia e que sempre ajudei os outros na medida do meu "saber", a ponto da colega suíça ter em mãos uma apostila que só foi possível pq passei pra uma amiga dela por meio de e-mail, eu resolvi continuar levando na esportiva e deixei pra lá.

Na hora do intervalo, alguma das colegas deve ter falado com ela, pq ela tentou a todo custo fazer algum comentário sobre a sala..... a ponto de soltar mais uma pérola:

na sala ao lado da nossa, alguém estava arrumando alguma coisa e usaram cola de sapateiro. A professora fechou pra tentar não vir o cheiro e pediu que um colega respondesse uma das questões e ele disse "professora, deixa a sala com a porta aberta que talvez entorpecido, eu consiga resolver a questão". Daí minha cálega soltou: NOSSA, ESSA SALA É BEM VERSÁTIL!

Ver.sá.til
adj. Que se move facilmente; que está em movimento. / Propenso à mudança; volúvel, inconstante, mudável.

Ou seja, na cabeça de melão dela, a sala é algo que se adapta. Talvez ela tivesse vontade de dizer eclética. Mas sabe como é, nem toda a novela fala eclético.

Na Sexta seguinte, ela faltou e perguntaram pras amigas dela, se sabiam do paradeiro dela. Disseram que ela foi resolver problemas e coisa e tal. Lamentei. De verdade. Afinal, quantas pérolas mais ela podia soltar e alegrar o meu dia?