22 de fev. de 2008

E AGORA?

Pediram uma foto minha, de rosto e de preferência rindo....

Olho as fotos que eu tenho e não me reconheço mais. Parece que a Débora das fotos ficou definitivamente pra trás. Quero fazer uma foto nova. Será que boto efeitos especiais? Não sei...

Vou fazer esse fds vários tipos de fotos. Duro vai ser "modelar" e rir forçadamente e parecer espontâneo. Não que eu não tenha vontade de rir. Mas tb não sei exatamente que tipo de sorriso a pessoa quer de mim.

E pediu também, um pequena apresentação de moi (lê-se môááá). Cara, o quê dizer de mim? Não tenho absolutamente nada convencional em descrições, pq eu não sou convencional.

Pra que eu preciso disso tudo? Aguardem. (ou não)

RUBENS DE FALCO

morreu. Poxa, dizer que eu assiti tão pouca coisa dele. Não sou da geração da Escrava Isaura. Uma vez, quase tive a oportunidade de vê-lo no palco fazendo o papel do Shakespeare. No dia, ele foi substituído pela Cleide Yaconnis e me lembro de perguntar se ela usaria a peruca dele. A moça do guichê não gostou muito da minha pergunta...

Anyway. Mais um ótimo ator indo embora. Sobram aqui os pseudo-atores, formadas pelas oficinas Wolf Maya, escolinha da Globo e etc...

Tempos difíceis.

TEM COISA PIOR

que andar na Tuiuti com a reforma das calçadas em dias de chuva como essa semana? Tem: andar na Silvio Romero, reformando, em dias de chuva com barreiras por todas as reintrâncias.

Reforma é fogo! Na casa da gente ou na rua, atrapalha muito. Só espero que os comerciantes de lá, se empolguem com as calçadas novas e consigam pelo menos mantê-las limpas.

COISAS DO COTINIANO II

Vida de Inferno

Hoje levantei atrasada. Tudo culpa do BBB8 ter prova do líder às Quintas. Pq eles não fazem essas coisas de Sexta, já que não se trabalha no sábado? Enfim... depois de tomar banho, quando fui esticar a última meia-calça que eu tinha na gaveta, eis que a minha unha tinha uma lasca e a rasgou fazendo aquela estria. "Pq vc não vai sem meia?", perguntou o Carlão. "Estou sem me depilar, preciso ir de meia", respondi. "Ninguém vai reparar", ele murmurou. Daí pensei comigo que se eu desse bola pro Jair da portaria, ele saberia sim que tem quem repara em mim. A solução que arrumei, foi vestir uma meia-calça branca. É horrível vestir meia-calça branca, todos ficam olhando... droga.

Cheguei no serviço e logo soube que seria um dia do cão: a sala de espera pra marcar consulta ou retorno, estava cheia de gente já. Naquela hora da manhã, já tinha gente. Aliás, nunca vi neste saguão, um dia sequer sem ninguém...Pra piorar, a Dulce tinha faltado. Aquela vaca! Arruma namorado como quem pega gripe e sempre arruma um "compromisso inadiável de ordem pessoal do meu particular" pra faltar. Então, toca eu atender a fila comum, as duas, quero dizer. Os aposentados estavam sendo atenditos pela Carmem e pela Deise. Ainda bem...

Mas sabe, o cliente não tem nada a ver com os nossos problemas, não é verdade? Sim, o paciente, deveria ser encarado na administração pública como cliente, daqueles que a gente pode perder e acabar o lucro. E é por isso, que mesmo eu tendo tantas coisas acontecendo de ruim, eu ainda procuro atender bem os clientes.

No dia, tudo o que vcs podem imaginar aconteceu: desde uma pessoa atropelada que foi encaminhada pra marcar consulta (como se ela não fosse prioridade do PS), um tuberculoso tísico pedindo pra marcar consulta (essa hora quase busquei uma máscara pra mim) e uma grávida que foi remarcar o pré-natal e acabou dando a luz lá mesmo. Mas, meu dia foi salvo por uma pessoa em especial. E não estou falando do safado do Jair, que mesmo sabendo que eu sou casada, fica dando aquela risadinha acompanhada de uma piscadela.

Ela veio sorrindo, me cumprimentando, apesar de eu notar em seu rosto, grande ansiedade, cansaço e indiganção. Queria marcar o retorno da filha, mesmo as duas morando do outro lado da cidade. Ela percebeu que eu tb estava cansada. Que eu tinha duas filas pra atender, ninguém pra me ajudar e ela percebeu que eu já tinha sido xingada várias vezes por coisas que eu nem tenho culpa. Porém, apesar de tudo, eu vi que ela me olhou sabendo que eu sou uma pessoa como ela: ambas mulheres, cansadas, com responsabilidades e preocupações.

Daí ela percebeu que se enganou e a filha não poderia ir ao médico na data que eu tinha disponibilizado. Ela pediu MIL desculpas e eu troquei. Sua educação, seu respeito e seu olhar, fizeram com que eu tb a visse diferente. Como uma pessoa. Como eu gostaria de ser tratada se estivesse no lugar dela.
Olha, Carlão, é por essas pessoas, que eu ainda aturo a sua autoconfiança sem fundamentos e não te dou um "vaza" ou um chifre. E é por essas pessoas, Dulce sua vagabunda, que eu não me irrito de verdade e desmascaro suas escapadas pra nossa chefe, a Marilena. Ela como boa sapatão homossexual, ía adorar frustrar seus encontros carnais nesses motéis de quinta que vc frequenta.

COISAS DO COTIDIANO I

No meu curso, fiz algumas amizades. É meus caros, não sou tão sociopata assim. O caso é que eu tenho uma colega, que acredita piamente que eu sou a pessoa mais ocupada do mundo e ela me pede desculpas até por falar comigo....

Daí que conversando, ela sabia da existência do meu lado "escritora", mas nunca chegou a ler meu blog. Acredito que até eu retardei esse fato, pelas coisas contidas nele. Ela podia ter a impressão que eu sou mal-humorada, encrenquinha demais, nervosa demais e .... eu não sou assim, né gente?! (alguém aí que me defenda?)

Mas acho que ela já sacou qual é a minha, pq diferente das cabeçudas das outras colegas, ela é bem espertinha... Então, ela naquel preocupação que ía me incomodar, ou que eu estivesse atrasada, me mandou via e-mail algo que ela queria comentar comigo, daí divido com vcs:



O Começo – fiquei admirada com a reportagem do Jornal
Nacional
noticiando que o Canadá é o país que melhor recebe os estrangeiros, em
especial, os brasileiros; fiquei até com vontade de encarar a neve! Voltando
à
realidade, ontem (21/02) estava comentando com o Lucélio como é o
atendimento
hospitalar em países como a França, não há rede particular, e
todos são bem
atendimento no serviço de saúde público, até mesmo os
estrangeiros e eu aqui, no
serviço público, preciso cruzar o outro lado da
cidade para marcar consulta de
retorno da minha filha, uma vez que não são
agendadas consultas por telefone
(Olhe a propaganda enganosa! Já vi vários
comerciais e notícias da prefeitura
dizendo que consultas são marcadas por
telefone) e o médico de especialidade só
atende na região próxima ao metrô
São Judas! Não poderia ter especialistas em
cada região da cidade?
Enfim,
cheguei ao posto 12:50, no balcão seis computadores e três funcionárias, e duas
filas (uma para idosos e outra comum, ainda bem que podemos esperar sentados!).
Imagine como eu estava cansada, ainda bem que tomei aquele café com vocês;
voltando teve um momento que ficou apenas uma funcionária para atender as duas
filas e mais as pessoas que estavam chegando para consulta, nesse momento
pensei, "a Débora escreveria uma boa crônica" sobre isso. Penso comigo,
tantas pessoas sem emprego e há serviço sobrando por aí. Enfim levei 50 minutos
para marcar a consulta e ainda bem que a atendente era simpática, pois quando
ela terminou de marcar, lembrei que não poderia levar minha filha na data
estipulada, lá vai a atendente marcar tudo de novo!


Quando acontecem essas coisas fico me perguntando, será que as coisas
vão melhorar? Os partidos que estão no poder são os mesmos há anos e os
jovens e
crianças, que são o futuro, estão cada vez mais distantes da
educação e
principalmente da leitura.
Bom, era isso que queria comentar
com você e
espero não ter incomodado muito.
Beijos e até
amanhã!
Cátia



Então, caros amigos. Este é o texto dela e me sinto aqui desafiada a fazer uma boa crônica. Será que eu consigo?

Ah....Cátia, na boa... quando as coisas vão melhorar eu não sei, mas sei que é nessas horas que a gente tem sempre que se esforçar pra fazer a diferença, não importa quem a gente seja e o quê nós fazemos.