19 de fev. de 2008

NO OUTRO CURSO

de manhã, houve um pequena revolução: pessoas que se diziam contentes, descobrimos que foi só o primeiro Che Guevara aparecer pra que elas abrissem boca e declarassem seu descontentamento.

E assim, substituiram um dos professores por um outro que é

  1. hiperativo
  2. teatral
  3. dramático
  4. palhaço
  5. talvez usuário de anfetaminas?
  6. usuário das aulas pra descarregar suas neuras?

Sei lá, acho que é um pouco disso tudo misturado. O fato é que ele é bom professor. Ms o jeito dele pra quem não está acostumado, é de espantar. Daí que as minhas cálegas ficaram maravilhadas com o estilo dele.

Só que assim, elas reclamaram pq não aprenderam nada com a prof anterior, certo? Então pq depois de elogiar o prof no meio da aula, quando ele fazia perguntas pra elas, elas não sabiam responder? Ahahahahahahahahaa. Eu explico: porque são burras e analfabetas por natureza pq elas não vão ao teatro.

Sabe como é, melhor ficar em casa vendo o Juvenal Antena, que pegar o metrô, descer na Vergueiro e pagar R$1,50 pra assistir um peça de teatro.... quando a pessoa assiste uma peça de teatro, fica encantada pela magia que os deuses do teatro proporcionam ao espetáculo. A palavra, quando dita, é linda de se ouvir.

Então, fiquei muito contente que pelo menos hoje, tivemos um pequeno monólogo pras probres, de alma principalmente, assistirem.

CURIOSOS AMIGOS

Tenho amigos muito curiosos... (leia inteiro que vale a pena, darei nomes aos bois)

E ontem, acredito que um querido amigo, está ganhando uma nova peculiaridade: de chamar pra ir nos lugares e não aparecer. Desenvolvo:

Uma vez, uma colega dele de faculdade, estava estreando uma peça de teatro e o chamou pra assistir. Como ele sabe que eu adoro teatro (e muitas delas, assistimos juntos, um dia conto mais), me chamou pra ver junto. Meu, o teatro ficava em uma bocada. Eu não sabia... apenas fui indo, indo e quando vi, tava lá... Como eu ía voltar com ele, não me preocupei.

Ok, liguei pra ele do metrô e ele disse que tava a caminho. Depois, entrei no teatro e nada dele. Daí pra frente, liguei um monte de vezes mas o celular dele só caía na Caixa Postal. Ok, o jeito foi ficar lá e esperar ele aparecer. Ele não veio e fui obrigada a assistir uma peça que os caras eram muito ruins. Sorry, colega dele se vc estiver lendo, mas vc era a "menos pior de ruim". O diretor foi o que melhor falou no fim da peça e senti uma vibe de "desculpas, juro que ensaiei com todos".

Daí, ele domingo passado me disse: "Ô, lá no (censurado) onde vc costuma ir, tem um amigo meu que tá dando aula de oratória, vamos fazer juntos?" e eu disse "cara, eu já falo tanto, tem certeza que quer que eu vá fazer curso de oratória?" . Daí ele retrucou um "vai, vem comigo" e fez aquela cara de cão pidão e lá fui eu, na missão, como se tivesse levando um amigo na reunião dos AA.

Como sou eu, cheguei atrasada no curso. (quase regra). Daí que procurei pelas cabeças a quase careca cabeça dele e vi que mais uma vez.... ele simplesmente não foi. O jeito foi curtir o quê o espetáculo me proporcionou: conhecia algumas pessoas e como eu estava no fundo da sala, elas não me viram.

Agora te pergunto: Por que o povo tem tanto medo de falar em público? Qual o problema? Qual o medo? Que de ruim pode acontecer?

Nossa, o povo todo tremendo.... isso, pq a maioria alí, conhecia alguém, pelo menos de vista. Ô medo de errar, de ser ridículo....(só se esquecem que inevitalmente todos nós somos ridículos várias vezes ao dia, por meses e anos a fio).

Ok, a prof, deu um pequena explanação sobre o assunto e tinha pedido pra turma na aula anterior fazer uma apresentação de 3 minutos sobre um objeto. Daí comecei a me divertir de verdade...

Ahahahhahahahahaa.

Como eu sou lerdinha, não tinha percebido que o curso não começou no dia que eu fui, então comecei a fazer mentalmente uma pequena apresentação, pq eu acreditava que a prof ía me chamar. Decidi falar sobre a maior invenção do século: A FRALDA DESCARTÁVEL. Pô, ía falar do quanto ela contribuiu pra mulher no ingresso do mercado de trabalho, tornando a mulher muito mais emancipada e então; falaria sobre a eqüidade dos sexos, afinal, os homens não precisam de extrema habilidade que não lhes é peculiar pra trocar uma fralda e ía terminar com as fraldas contribuindo pro aquecimento global. Infelizmente, não me chamaram. (Nhá pra eles, perderam...)

Só tivemos 1 milhão e oitocentas mil apresentações de (leia com voz de criança lendo a redação na frente da classe)"O livro. O livro é um obejeto muito bonito. O livro é útil. O livro é feito de páginas ... blábláblá whiskas sachê.... zzzzzz"

Daí os coleguinhas, tinham que, baseado no que a professora tinha explicado, criticar com muito carinho e amor os outros coleguinhas. Daí ela sempre perguntava se "mais alguém queria comentar alguma coisa".

Sei que contando assim, não parece divertido, mas creia... 3 minutos além de ser tempo de sobra pra falar, é incrível como as pessoas tem medo do julgamento de outras. Aff. E não sei pq a minha crítica não foi bem vinda à coleguinha que abusava de erros de concordância.......

Olha, meu caro amigo. Pelo menos vc me proporcionou uma Segunda divertida. E estou pensando sim fazer o tal curso de oratória, pra ver se eu melhoro. Acho que ultimamente tenho mais escrito que falado. Creia. Eu quase não tenho falado. Por vezes, nem lembro mais aquela voz que falava alto brincando, a voz que cantava entre amigos ao violão ou no karaokê e que já ensaiou pequenos passos no mundo artístico. Essa voz está aqui, adormecida.

Agradecida meu amigo, por vc ser sempre tão furão. Mesmo eu sentindo sua falta e querendo vc nos momentos mais importantes e toscos da minha vida, mesmo não indo, vc me faz bem.

Meu quase irmão, André.

P.S.:"Se um dia eu for oradora, seja lá do quê, a culpa é TODA sua."