17 de jul. de 2008

SAKURA

Lê-se Sakuráá. Sakura é flor de cereja/cerejeira.

E sabe que pros japas, é árvore especial, pq ela floresce em meio a um inverno mais rigoroso que o nosso. Só quem já teve oportunidade de ver neve, sabe como os dias são cinzentos e depressivos. Ter flores em pleno inverno é como aquecer o coração.

Daí que as cerejeiras dão flor aqui em nosso Julho. E o Horto Florestal de Sampa, abriga um arboreto de, entre outras coisas, cerejeiras. E assim, as cerejeiras viraram um "Festival das Cerejeiras".

No horto, rola até uma feirinha de artesanatos, orquídeas e comes e bebes (orientais e não-orientais).

Lanterna com tsurus:


Seguimos então a caminho do arboreto e ficamos felizes que entre outras coisas, o patrocinador do evento preparou carrinhos elétricos para levar os idosos até o topo.

E as sakuras toooodas floridas:

Passarinhos bem pequnininhos e multicoloridos, sugavam dentro das flores.

A câmera não ajudou, mas olha que visão maravilhosa:

Ainda aceito doações de fotômetro e câmera com lentes especiais, tá?

Sei que é lindo testemunhar os ciclos da natureza. Árvore tão singela, de tronco modesto, de ramos tortuosos que espalham flores tão graciosas, mimosas. (noossa, até "poetei")

Saindo do arboreto, passeamos pelo Horto. Já conhecíamos lá pq ano passado, tentamos ver as sakuras floridas, mas chegamos tarde demais. Aproveitamos, conhecemos o palácio do inverno e outras coisas que no horto tem.

Então aproveitamos o dia quente e lindo pra ver outras partes do horto. Árvores espetaculares não faltam:


Corredor de árvores com troncos grandões:


O Horto de Sampa, tem muitos lagos:


Querendo, clica nas fotos pra vê-las em tamanho real.



Como onde tem Sakura tem japa, rolaram apresentações de taikô e danças com músicas folclóricas:

Tinha até uma japinha de óculos, que na minha imaginação torta de tia, vi a Fifia daqui a alguns anos.

A visão privilegiada do palco:


E japinhas se aquecendo pra próxima dança:


Foi uma manhã bem bacana. E como vi alguns botões nas árvores, acredito que neste próximo fds, as árvores explodirão ainda mais as suas flores.

Para ver fotos diferentes e a história contada de outro jeito, clique AQUI.

MÃE, COLARES E FULERAGENS

Como as pessoas com quem vou encontrar Sábado não acessam meu blog, eu compartilho aqui uma coisa com vcs. Pq sabem que em se tratando de marketing pessoal, o meu é o pior possível. Preciso de um Duda Mendonça (que não vá em rinhas, de preferência) pra cuidar da minha imagem.

(começa a introdução)

Fomos uma família que as pessoas chamam de "bem de vida", "abastadas", "estáveis financeiramente". Fomos e não somos mais, não por culpa do Collor. No nosso caso, foi um divórcio feio, briguento demais pra ser classificado como litigioso e mal-feito, protagonizado por duas mulas de egos do tamanho da Wilza Carla; que foram dilapidando tudo o que era de todos.

Mas sabe que vão-se os dedos, ficam os anéis. E no nosso caso, sobraram mais que anéis. E a senhora minha mãe, além de ganhar muitas jóias do senhor meu pai, ainda herdou aquelas que pertenceram à minha avó. Sim, deu tempo do meu pai morrer e eles nunca se divorciaram de fato. Mesmo já morando longe um do outro.

Acontece que eu não uso as jóias no cotidiano pq eu não correspondo à idade "balzaca" de há 40 anos que as pessoas com 30 anos já eram senhoras...... usavam meia de seda e tudo o mais.

E as jóias da minha família, são muito crássicas. Eu sou mais muderna. Diria, mais art noveau, pra ser sincera. Nem as da H. Stern me gustán a mi.

Pois bem, essa introdução é pra vc saber, que além de eu ser limpinha, sim, eu tive educação, jóias, etiqueta, aulas de bordado e tudo o mais que uma menina da minha crasse do áigui soçáite poderia ter. Mas continuo fuleira.

Tão fuleira, que não tenho nem coragem de chamar as peças de "jóias". Chamo pelo nome da peças, como vcs verão no diálogo que acontecerá.

(fecha a introdução)

**********

De manhã, minha mãe perguntou quando eu iria viajar pra (censurado) e eu respondi que seria Sexta. Daí, minha mãe perguntou como eu faria o cabelo. Respondi:

-Peço pro cabeleireiro esticar meu pikumã, mas quero cachos, pra não ficar com o cabelo igual às tiriça de cabelo ruim que fingem ter cabelo bom. E prendo com um negocinho de strass parte da franja.....

-Ah, mas com o decote que o teu vestido tem, era bom vc prender seu cabelo.

-Nem a pau! Com o frio que vai fazer, quanto mais cabelo cobrindo minha carne, melhor! Além do mais, eu não quero aparecer, o dia é da noiva.

-Vc quem sabe.....

-Aliás, vc vai me emprestar algum "colar"?

-Ah, sim sim!!!! (Mamãe dando pulos de alegria pelo meu interesse em não ser fuleira)

(......)

-Tem esse aqui, mas precisa limpar. É tipo gargantilha, vai bem com o decote do vestido.

-É esse mesmo que eu quero!

-Calma! Tem esse aqui que eu acho que vai ser ótimo.

(Três negócios parecendo bijou de drag queen, de tão grande e reluzente. Eca!)

-Mãe, seguinte: meu vestido tem um detalhe em prateado, eu não quero ouro amarelo. Deixa eu levar o outro, tá?

-Então vou pedir que o ourives mande limpar.

-Mãe, não tem kaol em casa? Limpa ele e boa. Eu levo do mesmo jeito.

-Mas assim o colar não aparece...

-Manhê, acorda, meu! Primeiro que EU teria que aparecer, mas o dia é da noiva. Segundo que eu não vou aparecer na Caras, tá?

Nessa hora a minha mãe começa a rir e percebe que eu até abro exceções, mas não me force a barra, certo?

**************

Se alguém lá no casamento perguntar, eu digo que comprei o colar na 25 de Março e que paguei
30 reais.

E sustento a estória até o fim.