7 de ago. de 2007

LIFE CHANGE

Atendo o celular:

"-Oi, Gu, beleza?
-Belezinha Dé e vc?
-Tudo em paz, que manda?
-Seguinte Dé, reserva dia 01/09 pra vir aqui em casa, pra
comemorar meu aniversário e a minha despedida.

(lembro dele falar de alguns concursos prestados para o interior
e fico feliz pelo "bota-fora")

-Despedida pra onde?
-Para Portugal, recebi uma proposta de emprego pra lá e vou
dia 02/09, por isso, exijo vc e seu irmão em casa, falou?

(Leve choque dentro de mim, mas finjo, pra não deixá-lo triste)

-Olha, fico muito feliz por vc! Sabe que a minha imrã tá lá e o
que precisar, pode contar com ela, é a mesma coisa que eu, tá?
-Não fala duas vezes que eu aproveito.
-Então tá.... a gente se vê, beijos!
-Beijos! "

.........


(Um dos últimos encontros em que não era aniversário
de ninguém.)


Ele não sabe, mas fiquei dividida entre a felicidade de ver
um profissional muito bem qualificado ter o merecimento
do seu esforço e o egoísmo de querer sempre o amigo por perto.

Egoísmo, pq neste mundo doido e as milhares de mudanças que
minha vida sofreu, só consigo vê-lo quando meus dentes doem,
aniversários e quando ele me visita.

Se for contar bem, já sinto saudades dele, desde o tempo
que a gente tinha as duas lojas por perto, que eu o via todo dia,
que ele sempre me socorria pras coisas mais bobas ou não.
Dos passeios que a gente fazia em Piracicaba, de comer pastel
no Carrefour e andar de patins pela rua.

Mas, sinto mesmo mais saudades dele, de quando
a gente estudava juntos na mesma escola e por cautela
dos professores, não na mesma sala.
Como ele diz: "a gente era feliz e sabia".

Nem vou contar outras tantas aventuras como
o memorável show do Rogério Skyllab, os shows da
Rita Lee, a reforma do consultório dele, a festa dos
meninos vestidos de George Michael e as meninas
de Cher (que eu e ele preparamos e eu acabei não indo).

Isso tudo fica aqui guardado.
Vou tentar me desapegar dele.
Da idéia de que nunca mais o vou ver.
É mentira, a vida é pra sempre.
Gente como eu e ele, que são unidos
pelos laços de amor e amizade nada superficiais,
sempre, dentro desta grande eternidade, nos reen-
contraremos sempre.
E saberemos pelo olhar.
O mesmo olhar que me fez encontrar com ele, vendo
em que sala a gente tinha caído, no primeiro dia de aula,
do primeiro colegial.

Seja feliz sempre Gu.

"Here, there and anywhere"

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