18 de jul. de 2007

AO ÉREBO

Surge ao Érebo fragor constante,
Inconsoante ao temido estado
Do ressono de um Deus destronado
O retumbar de gritos ecoantes -
Clama aos céus os súditos infantes,
Em línguas rubras, quentes, flamejantes.

Pediu os céus o povo mais fraterno
E Ele, lá plenipotente, ouviu;
Pediu, gentil, viver - e consentiu,
Lhe dando fogo ardente do Inferno.
Os céus, não cabisbaixos, virame, muito chorando, ontem consentiram.

Pedem os céus os homens cá cansados;
Mães sorridentes filhos já aguardam,
Por quem há tanto elas aguardaram.

Voam nos céus - e deles são lançados
Para sempre - chora, Mãe, que muito tardam
Estes teus filhos - que, de ontem, não voltaram.

DIEGO RAMIREZ.

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