12 de fev. de 2008

TENTATIVA


Meus caros: este é o potencializador de sombra, do Boticário.

O escolhi pra presente, pra fazer mais uma tentativa de conseguir passar lápis ou delineador e estes não borrarem meus olhos. Como eu os passo nas pálpebras, faço essa tentativa, pq eu acho muito lindo usar maquiagem nos olhos.

Os meus olhos como são pequenos e me dão a aparência de um chimpanzé e nada como escurecer os cantos deles pra fazer um olhar marcante. Porém, na metade do dia, mesmo eu não coçando os olhos, lá eles estão borrados.....

Espero mesmo que funcione, senão este produto estará fadado a ficar junto com as sombras que só uso quando tenho uma cerimônia que as pessoas olham pra mim com mais "reparo". ou quando resolvo me fantasiar de drag queen Daí se der certo, conto aqui pra vocês.

O BOM GOSTO DE GASPARETTO

Apesar de muito criticado, eu gosto do Luiz Gasparetto. São vários os motivos, mas hoje quero falar sobre o gosto dele pela arte. Não estou falando sobre a pintura mediúnica fantástica que ele faz, estou falando sobre o bom gosto mesmo. Quem o vê falar, ou repara nas roupas modernas dele, nas atitudes arrojadas, não imagina que o cara é tão chegado em arte clássica.

Há algum tempo, eu vi na TV um programa que uma invejosa apresentadora apresentadora ía "visitá-lo" e mostrava a casa dele. A casa era um sonho de infância dele: ele passava todos os dias em frente quando criança e desejava morar em uma casa parecida com essa que ele via.

E, coisas do destino, ele comprou a casa que ele "namorou" na infância toda. Detalhe: a casa estava um caco. Quase foi demolida pra ser vendido apenas o terreno. Ele podia ter feito como o resto de apresentadores de tevês, novos-ricos-cafonas-bregas-da-silva as outras pessoas que tem grana e ter comprado uma mega mansão em Alphaville. Porém, ele preferiu gastar (julgo eu) o triplo pra restaurar o casarão e trazer peças de mobiliário que combinassem com o estilo mourisco da casa.

Domingo, pude passar em frente, de carro e tirei essas fotos, que apesar de não ser como eu gostaria, já dá pra ter uma idéia:



Conclusão: ele reformou a casa toda, tem peças lindas lá dentro e fez com que a casa se tornasse patrimônio histórico e tombado. Muita generosidade da parte dele. Muito carinho pela cidade e pela arte.

Aqui, tem um pouco da história dessa casa.

Ó, Gaspa: adorei sua casa. Quando puder, me chama que eu levo uma broa pra gente comer no café da tarde, ok?

PASSEIO MEIO TÉTRICO

Quando fui visitar o Museu Paulista (Museu do Ipiranga), minha mana já tinha me falado sobre o Museu da Usp ao lado. Tentamos ir várias vezes lá, incluindo o último Carnaval, porém só esse último fds que deu certo.

E seguimos até lá. Muito barato entrar. Mesmo assim, usei da minha carteira de estudante e ainda paguei menos. O prédio é lindo. Foi reformado há pouco tempo:


Vista de dentro pra fora.

O acervo do museu, são animais que morreram em cativeiro, oriundos de zoológicos ou de abrigos. Porém, vê-los empalhados, é uma visão meio tétrica. A gente pensa que é boneco e não é: é um animal morto. Taxidermia é uma técnica bem interessante. Minha mente viaja com as possibilidades que a taxidermia poderia proporcionar se não fossem consideradas anti-éticas.

Lá, vc se surpreende com as coisas lindas que a Natureza nos oferece:




Não parecem que são pintadas à mão?

Aqui, um tigre dente-de-sabre, que existia com fartura nos nossos territórios.


Eles montam uma cenografia bem especial. Não há criança que não adore ver dinossauros.

Agora, começam os animais taxidermizados:

Mamãe tamanduá-bandeira e seu baby.


Várias aves. A que eu mais gostei é a cor-de-rosa. Custa crer que não tingiram as penas.

No átrio, que fica bem na entrada, vc tem um esqueleto de dinossauro, mas me chamaram a atenção, esses painéis nas paredes, cada um com um animal brasileiro diferente.


Vitrais lindos...


Aqui o átrio visto de cima:

Foi um passeio bem legal. Tinha muita criança empolgada.

Há muitas espécies lá e eu me pergunto pq as nossas aulas de ciências e biologia, nunca fizeram sequer sugestão, que nós fossemos lá. Levar a gente lá, já seria pedir muito, mas que os nossos professores ao menos, sugerissem o passeio pra se fazer em família.

Agora pro playcenter e hopi hari, as escolas podem e incentivam os alunos a ir, não é?

Aqui o site do Museu.

PASSEIOS DO FDS

quase no final do Domingo, fomos até o Museu Histórico da Imigração Japonesa, que fica no bairro da Liberdade. por que será?

O museu é lindo, mistura as antiguidades ao ambiente que é super haigui téqui. Fico emocionada com a história de qualquer imigrante. Isso pq eu já fui uma (eheheheh) e entendo bem, o que é chegar em um país todo estranho. Mas, pra essa gente atravessar meses em cima do mar, com todo o tipo de gente no navio, sem ter bem certeza pra onde vai e fazer o quê..... mostra a determinação que essas pessoas tinham. A fé.

De tudo o que eu vi na expô (e que não podia fotografar), o que mais me emocionou de verdade, foi a réplica da cabana dos imigrantes. Sempre ouvia a Wiesko ( que era uma vizinha minha polonesa, imigrante da mesma época) contar sobre a "casa" que ela vivia com penca de filhos.

Ouvir essas experiências, é totalmente diferente de ver, estar "dentro" de uma:




Saber que em um ambiente tão precário, tão desconfortável, as pessoas ainda assim se sentiam felizes, mostra o quanto eu ainda sou apegada aos bens materiais. Achar que preciso de certas coisas pra garantir a minha felicidade. Embora eu não seja da turma que acredita que "onde falta o pão, acaba o amor".

Também tem fotos de noivas que vieram "importadas" do Japão pra que os japoneses pudessem se casar. Lembro do tio do meu respectivo, contar que as mulheres dessa época, quando chegavam aqui, não queriam se casar com os japas, pq eles eram pretos. Pretos de ficar no sol tropical.....logo não eram os branquinhos-amarelos seriam beges-claros? que elas estavam acostumadas a ver no seu país.

Uma foto me chamou atenção: um casamento de um japa com uma neguinha-tição afrobrasileira, de tez bem escura. Imagino quantas dificuldades os dois tiveram. Quantos costumes tiveram que se adaptar. (Se bem que imagino que a noiva é quem teve que se adaptar)

Entendo pq esses japoneses se fecharam tanto em seus costumes. Há quem diga que o japonês do Japão é muito mais liberal que os que aqui ficaram. Dizem que há japoneses que vem pra cá pra saber dos costumes que no Japão não se celebram mais. Nós que não somos da raça, por vezes achamos estranho. Mas tudo é uma questão de usar de empatia.

A visita no museu, pra mim, foi bem impactante, porém, muito emocionante. Teria sido eu, em tempos remotos, um japa? Vai saber.......